O BALAO
Era um final de tarde de domingo. O pai, uma filha e um balão da Disney preso no braço da criança. O pai se dirigiu ao caixa para passar suas compras normalmente junto de sua linda menina. Tudo muito comum, sem nenhuma novidade.
De repente a fila andou e o pai chamou sua filha para que andasse mas, o que o pai não esperava era que sua filha ao andar puxasse o cordão um pouco mais de forte e a frágil cordinha rompesse e ficasse presa no punho de sua filha. Enquanto o balão subia lentamente, cerca de 5 metros, parando no telhado do supermercado.
De pronto a menina encheu seus olhinhos de lágrimas, mas segurou o choro com firmeza e elegância. O pai inicialmente, olhou acompanhando o balão subir. Rapidamente olhou para sua filha com ar áspero mas, no mesmo minuto viu que a culpa não era de sua pequena. Olhando para o alto e vendo lá o seu balão, ainda com os olhinhos tristes e marejados, a pequena com toda sua elegância soltou: Papai o bom é que o telhado ficou mais bonito com o meu balão.
Ora ora! Uma pequena, do alto de sua inocência, demonstrando uma sabedoria que deveria ser nosso mantra de todos os dias: Buscar o bom quando algo der errado.
Passamos grande parte da nossa vida vendo as coisas pelo lado ruim, pelo lado do azar, culpamos o destino, o colega ao lado, os parentes, a chuva e o sol. Deixando de lado a parte que, na maioria dos casos, é responsável por tudo isto: nós mesmos.
Esquecemos de agir ao invés de apenas reclamar. Negligenciamos que essa quantidade de energia negativa e esse pensamento pessimista, não traz independência do credo ou seja nada de bom.
Busquemos o telhado lindo sempre. Há de ter alguma coisa boa em praticamente tudo. Encher os olhos de lágrimas e derrama-lás, faz parte do processo, claro! Mas que se olhe para cima e perceba que na ausência do telhado o balão iria sumir de vista, se perderia no espaço e nunca mais poderia ser apreciado por ninguém...
Que haja sempre um telhado para amparar as coisas ruins e colocar limites nelas. Para que o nosso sofrimento, seja sempre passageiro, momentâneo e amenizado.
Que possamos tirar uma linda lição deste pequeno conto...Nenhum sofrimento deve durar para sempre e nunca ele tem que ser visto como o fim da nossa felicidade.
Boa Sorte!