NO SILÊNCIO
Desilusão que nasce de repente
No rosto, a plenetude dos olhares
As lágrimas, à solidão dos mares
Deslizam pela face brandamente.
Inevitável pranto inconsequente
Sem causas nem rações crepusculares
Na solidão insólita dos lares
As ânsias viram lágrimas silentes.
É mudo o pensamento que devora
A fina calmaria que resiste
À placidez d'um claustro escuro e mudo.
É dor que diminui á luz d'Aurora
O vago siso d'um momento triste
Que nasce da dissolução de tudo.