LUA BRANCA
Lentamente, emerge tênue a alvorada
A noite se esvaindo e o céu a se azular
Braços de luz do sol cruzam madrugada
A Natureza se espreguiça ao despertar.
Qual bela adormecida, lua branca deitada
Foi-se noite, ela ficou no azul a flutuar
Por certo, ansiava pelo sol ser cortejada
E então, afinal, seu astral sonho realizar.
Brilhou o sol, embevecido ante tal visão
E ela ali, a sonhar, tão plácida e acessível
E ele, em chamas de paixão, se insinua.
Seria agora o final das órbitas de solidão?
Dar-se-ia, enfim, o encontro inverossímel?
- E aos beijos de luz, desperta dourada a lua!...