NUMA DANÇA CADENCIADA
Numa dança cadenciada sob estrelas tão distantes,
Seres frenéticos e desalentados, em plena escuridão.
Testemunhas de dias difíceis e noites alucinantes,
Sedentos, saem em busca de água, na secura do chão.
É como se estivessem sob efeito de tranquilizantes
Perambulando num vai e vem, no meio do salão.
Numa dança cadenciada sob estrelas tão distantes,
Seres frenéticos e desalentados, em plena escuridão.
Para lá e para cá, sem destino, seguem ventos uivantes,
Um modo de ser e de viver, semelhante uma escravidão,
Imersos nas noites sem fim, em lamentos sussurrantes,
Esperam, de certa forma, que alguém lhe dê a mão,
Numa dança cadenciada sob estrelas tão distantes!...