O ENCONTRO NA ESTAÇÃO

A estação de trem era um daqueles lugares que parecem congelados no tempo. O relógio antigo na parede anunciava horas com um som suave e contínuo. Era lá que Marina se encontrava naquela manhã ensolarada de domingo, aguardando o trem que a levaria para uma pequena cidade do interior.

Enquanto esperava, observava as pessoas que passavam apressadas. Uma senhora com um cachecol colorido apertado ao redor do pescoço carregava uma sacola cheia de livros. Um homem idoso, de chapéu e bengala, caminhava lentamente, parecendo não ter pressa alguma.

Foi então que Marina viu um jovem sentado em um banco próximo. Ele tinha um livro aberto no colo, mas seus olhos pareciam perdidos em pensamentos distantes. Ela se aproximou, curiosa para saber o que ele lia.

- Desculpe incomodar, mas o que está lendo? perguntou Marina, com um sorriso amigável.

O jovem levantou os olhos do livro e sorriu de volta. - É um livro de poesias. É incrível como as palavras podem nos transportar para outros mundos, não é mesmo?"

Marina concordou, encantada com a conversa que se desenrolava. Os dois passaram então a compartilhar suas histórias, seus sonhos, suas frustrações. Descobriram que tinham muito em comum, apesar de viverem vidas tão diferentes.

Quando o trem anunciou sua chegada, Marina percebeu que tinha perdido a noção do tempo. Ela e o jovem trocaram números de telefone, prometendo se encontrar novamente. Enquanto o trem partia, Marina olhou pela janela e viu o jovem acenando. Sentiu um calor no peito, uma sensação de que aquele encontro na estação era apenas o começo de algo especial.