VAZIO DA ESCURIDÃO
O LIVRO
Ela passeava pelos corredores sombrios do antigo castelo, as velas tremulavam com o vento gelado que entrava pelas janelas quebradas. Seus passos ecoavam no silêncio sepulcral, o medo se misturava com a excitação de explorar aquele local abandonado.
O coração da jovem batia descompassado, a respiração presa na garganta. A sombra era real, disso ela tinha certeza. Um calafrio percorreu sua espinha enquanto ela se aproximava lentamente do espelho, o olhar fixo na imagem refletida. A sombra se moveu novamente, desta vez mais perto, como se estivesse a observá-la.
Com um grito sufocado, a jovem quebrou o espelho com um golpe de sua mão. Cacos de vidro caíram ao chão, distorcendo a imagem do castelo e da própria jovem.
De repente, um som ecoou pelos corredores: o toque de um sino antigo. Era um som melancólico e fantasmagórico, que parecia vir das profundezas do castelo. A jovem se virou, hipnotizada pelo som, e viu que a sombra havia desaparecido.
Ela seguiu o som do sino até chegar a uma grande sala circular. No centro da sala, havia um altar de pedra, e sobre ele, um livro antigo aberto. O sino tocava sozinho, emanando uma luz fraca que iluminava a sala.
A jovem se torna a nova guardiã do castelo, protegendo o mundo do mal que reside dentro dele. Ela se afastou, tropeçando nos escombros, aterrorizada pela sombra que parecia se aproximar cada vez mais. De repente, a sala ficou escura e o sino parou de tocar e ela descobre que a sombra era sua própria alma perdida e que o livro era a chave para sua redenção.