HORIZONTE PERDIDO
(Surrealismo)
Em um mar de névoas e sonhos fragmentados,
Um horizonte perdido se esconde entre brumas prateadas.
Lá onde o sol se despede em cores desbotadas,
E a lua surge serena, em tons de madressilva acinzentadas.
Um navio fantasma navega sem destino,
Em busca de uma terra que jamais se revela.
Seus mastros, como ossos de gigante, perfuram o céu nebuloso.
Enquanto as velas, em farrapos, tremulam ao vento furioso.
Na proa, um marinheiro solitário contempla o vazio,
Seus olhos, vazios de esperança, refletem o mar sombrio.
Em seus lábios, um murmúrio fantasmagórico se perde no ar,
Uma canção de saudade por um lar que jamais mais verá.
O navio avança, impulsionado por um vento fantasmagórico,
Em direção ao horizonte perdido, etéreo e mágico.
Será que ele encontrará a terra que tanto busca?
Ou será condenado a vagar eternamente na névoa escura?
O tempo se dissolve em um turbilhão de cores surreais,
Enquanto a realidade se mistura com os sonhos mais banais.
O marinheiro se transforma em uma sombra fantasmagórica,
E o navio se desintegra em pedaços de luz efêmera.
O horizonte perdido se abre em um portal infinito,
Revelando um universo de possibilidades sem limites.
O marinheiro solitário finalmente encontra sua paz,
Em um mar de estrelas que jamais se apagarão.