DESTINOS TRAÇADOS
Os caminhos que percorremos são feitos de linhas tortas, traçados que nem sempre seguem o que imaginamos. A vida, com sua mão invisível, desenha encontros e desencontros, como se brincasse com o destino. Em uma esquina qualquer, onde dois mundos se cruzam, os olhares se encontram por acaso, mas é no acaso que o destino faz sua morada.
Há encontros que são leves como brisa de verão, simples toques que deixam marcas profundas. Outros, intensos como tempestades, vêm para virar tudo de cabeça para baixo, provocando mudanças irreversíveis. Mas há também aqueles desencontros, feitos de distâncias e silêncios, que deixam um vazio no peito, como se algo tivesse ficado por dizer, por viver.
Na vida, não controlamos o tempo ou o lugar, apenas seguimos o fluxo, guiados por um instinto que nem sempre compreendemos. E, assim, seguimos esbarrando em almas que despertam algo em nós, que nos fazem sentir vivos, mesmo que por um breve momento. E quando esses momentos passam, o que resta é a lembrança, a saudade do que foi ou do que poderia ter sido.
Mas, ainda que o destino trace suas linhas sinuosas, é na imperfeição desses caminhos que encontramos a verdadeira beleza. Cada encontro, por mais efêmero que seja, carrega em si uma lição, um aprendizado. E cada desencontro, uma oportunidade de crescimento, de olhar para dentro e entender que a vida, em sua essência, é feita dessas dualidades.
No fim, o que nos resta é aceitar o fluxo, deixar que a vida nos guie por esses caminhos sinuosos, sem medo de se perder ou se encontrar. Porque é nos encontros e desencontros que a alma se molda, que a vida ganha cor e sentido, como uma obra de arte que se desenha a cada passo, a cada escolha, a cada novo olhar.