NO CENTRO DO LABIRINTO
Num universo onde as árvores flutuam,
e os peixes nadam entre nuvens,
um sol de vidro derrete em sombras líquidas,
pintando o céu com goteiras de arco-íris.
As horas são relógios derretidos,
suspensos em galhos de flores de metal,
que sussurram segredos em línguas
de vapor etéreo, enquanto as estrelas
dançam com passos de poeira de estrelas.
O chão, de espelhos quebrados, existem reflexos
de monstros dormidos em conchas, despertando
sob um luar líquido que se desfaz em fragmentos
de sonhos e ecos de um tempo que nunca foi.
E no centro do labirinto de cores,
dragões cospem fogo, enquanto no lago de gelo
são murmuradas melodias de magia e mistérios,
de um universo onde tudo é possível e nada é real.